Incrustação

0 que significa “Incrustação”?
A palavra “incrustação” é derivada do verbo “incrustar”, que significa “embutir, inserir ou fixar-se”. Portanto, o termo “incrustação” é utilizado em Odontologia para denominar uma peça que é embutida e fixada a um dente, com a finalidade de reconstruí-lo.

Qual a indicação de uma incruístação?
As incrustações são indicadas nos casos em que as restaurações convencionais não conseguem devolver a forma nem a resistência adequada ao dente que foi lesado por grandes cáries, desgastes, fraturas ou que tenha sofrido tratamento de canal.

São utilizadas nos dentes posteriores.

De quais materiais são feitas as incrustações?
As incrustações são feitas geralmente de metal. Atualmente, podem também ser feitas de resina ou porcelana.

Qual a diferença entre restauração e incrustação?
A diferença básica é a maneira como são construídas. A restauração é feita diretamente na boca e fica normalmente pronta numa única consulta; já a incrustação é feita em um laboratório de prótese sobre um modelo do dente do paciente e necessita de mais de uma consulta para ficar pronta.

Quais as vantagens em se fazer uma Incrustação em metal?

Todas: adaptação, resistência, conforto, recuperação da capacidade triturante dos dentes etc. A única desvantagem é a estética.

E as vantagens em se fazer de material da cor do dente?
E o material indicado, considerando o fator estética como fundamental para algumas pessoas.

Por ser uma técnica recente, não é ainda totalmente dominada por todos os laboratórios de prótese e por todos os profissionais, contrariamente em relação às incrustações metálicas.

Quantas consultas, em média, serão empregadas para a confecção de uma incrustação?

Em média, são necessárias 4 consultas. A primeira, para preparo do dente e confecção de uma proteção temporária; a segunda, para moldar; a terceira, para aprovar a incrustação que vem do laboratório de prótese e a quarta, para a instalação da incrustação terminada.

Como ela se fixa ao dente?
As incrustações metálicas podem ser cimenta das ou coladas e as incrustações de resina ou porcelana (as mais estéticas) são coladas ao dente usando-se uma adesivo apropriado.

Ela pode soltar-se facilmente durante a mastigação?

Não. Sendo o trabalho desenvolvido dentro de critérios adequados, temos um excelente controle sobre a fixação das incrustações sobre os dentes tratados.

Qual a durabilidade de uma incrustação?
Essa pergunta deve ser respondida com outra: qual a durabilidade de um dente natural sem nenhuma cárie? Resposta: o dente permanece perfeito enquanto nenhuma cárie apareça, pois, assim que ela aparece, o dentista tem que tratar esse dente. Com as incrustações ou qualquer outro trabalho feito por um dentista, o critério é o mesmo: enquanto o trabalho estiver funcionando e protegendo o dente, ele permanece; caso contrário, ele deve ser removido e trocado por outro que volte a proteger e devolver a função do dente. Assim, podemos dizer que, em uma boca bem higienizada, a probabilidade de uma incrustação durar vários anos é bem maior do que em uma boca mal cuidada.

Como existe um material de união entre ela e o dente, pode ocorrer infiltração?

Sim. A união não é perfeita; existe uma pequena fenda, onde o resíduo alimentar pode se instalar e ocorrer a proliferação de germes, que são responsáveis pela cárie e pela conseqüente infiltração. É sempre bom lembrar que, sob a incrustação, está o dente natural, que pode ser novamente atacado pela cárie. Assim, ressaltamos novamente a importância dos cuidados pessoais com a higiene bucal e do controle profissional periódico no exame de dentes, restaurações e gengiva.

Orientações sugeridas por Ivo Contin – Professor Assistente da Disciplina de Prótese Parcial Fixa da FOUSP e Professor Adjunto da Disciplinas de Oclusão e ATM da Faculdade de Odontologia da UNICID.
REVISTA DA APCD V. 51, Nº 1, JAN./FEV. 1997
Texto revisado pela Dra. Ana Lucia De Colla Varise – Especialista em Prótese Dentária da ORTOMIX

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