O QUE O DENTISTA PODE FAZER PELO RESPIRADOR BUCAL
Respiração Bucal: causa e tratamento
A técnica do Regulador de Função Aragão (RFA) da Ortomix mostra que respirando exclusivamente pelo nariz (inspiração e expiração), inclusive dormindo, os problemas melhoram consideravelmente.
A causa primordial da respiração bucal é a falta do registro no Sistema Nervoso Central (SNC) da respiração pelo nariz no primeiro ano de vida extra-uterina, isto é, o recém-nascido passa a respirar pela boca já no primeiro ano de vida. Mas o quadro descrito acima não é o habitual, pois a criança respira pelo nariz quando amamenta no seio materno, o que é o correto e deve ser feito no mínimo durante um ano.
Durante a respiração nasal, quando é feita a inspiração, o ar que vai para os pulmões através das fossas nasais é acrescido do líquido lacrimal, que deságua do ducto naso-lacrimal na altura dos cornetos inferiores. Este líquido lacrimal, que contém mais de 94 elementos químicos, é levado aos pulmões e é importante nas diversas trocas metabólicas intra-pulmonares, desde a pressão intra-alveolar, quanto na produção de elementos auto-imunizantes que proporcionam ao indivíduo maior resistência à elementos alergênicos.
Quando o indivíduo respira pela boca, não consegue mastigar bilateralmente, alternando os lados da arcada dentária, porque ao movimentar o bolo alimentar de um lado para o outro, o mesmo pode ser aspirado para a traquéia causando engasgos e tosse para expelir o alimento. Então para conseguir respirar pela boca, ele só mastiga unilateralmente.
Com esta mastigação unilateral os músculos da mastigação, os músculos supra e infra-hioideus (do pescoço), da cintura escapular (cíngulo escapular) e os da nuca ficam hipertrofiados e encurtados. Esta situação ocasiona uma elevação do ombro do mesmo lado da mastigação e com esta elevação do ombro todas as fáscias musculares deste mesmo lado elevam o tronco e a cintura pélvica da pessoa. Esta elevação do tronco de um lado (mastigação) faz com que todas as vísceras deste lado sejam estiradas para cima. Simultaneamente do lado oposto, da não mastigação, todas as vísceras sofrerão uma compressão. Nas pernas desta pessoa quando ela estiver de pé o peso do corpo se posicionará todo do lado da não mastigação.
Dá para imaginar a pessoa depois de muitos anos de mastigação unilateral. A seguir comentarei algumas patologias decorrentes da respiração bucal com mastigação unilateral.
No trato respiratório
Como o respirador bucal não usa o nariz para respirar, o líquido lacrimal escorre pelas fossas nasais irritando a mucosa causando rinite. A falta da expiração nasal do ar causa sinusites, otites, mastoidites, por acúmulo de secreção nos seios paranasais sem limpeza e a conseqüente entrada de bactérias num ambiente com secreção e aquecido, condições ideais de se estabelecer uma infecção.
Como o ar é aspirado pela boca não é umidificado, não é filtrado e nem tem a temperatura equalizada, os brônquios e bronquíolos ficam irritados, inflamados, proporcionando o início de bronquites e asma brônquica. Como os pulmões não inflam totalmente na respiração bucal, pois a posição da cabeça adiantada não permite que as costelas sejam levantadas para que os pulmões ao se elevarem ao se encherem totalmente, com isso as áreas periféricas dos pulmões não são usadas e pode ocorrer nestas áreas uma pneumonia. Com a musculatura encurtada do lado da mastigação e o conseqüente estiramento das fáscias musculares elevando todas as vísceras deste lado, a área do mediastino fica diminuída e comprimida provocando ‘dores torácicas atípicas’.
Com a respiração bucal, ao dormir a língua tem uma ptose (queda) e com essa queda faz toques indesejados na área da oro-faringe (inervadas pelos nervo Glossofaríngeo e nervo Vago) e com isso ocasionando reflexos de deglutição (engulir), quando não era para tê-los e esses reflexos indesejados aumentam o tempo de parada respiratória normal, ocasionando uma apnéia do sono, que se não tratada pode evoluir para óbito.
Com a respiração bucal a oxigenação cerebral se torna deficiente e com isso todo o cérebro se ressente. E a qualidade e quantidade dos neurotransmissores cerebrais se tornam inadequadas, como aqueles que formam a Melatonina, indutor do sono. Com a Melatonina prejudicada a pessoa passa a ter insônia.
Com relação à cognição e comportamento a criança respiradora bucal é inquieta e tem de estar em constante agitação na tentativa de buscar mais oxigênio. Então elas são dispersivas e agitadas, mas quando são obrigadas a ficar parada ficam sonolentas e não conseguem apreender o sentido das aulas na escola. Muitas vezes essas crianças são rotuladas como portadores de DDA (Déficit de Atenção) e são medicadas desnecessariamente.
Região da oro-naso-faringe
Na área da oro-naso-faringe existem um número enorme de estruturas do sistema linfóide, para a proteção da entrada das vias aéreas superiores. Quando o ar é aspirado pela boca e vem sujo, seco e sem ter a temperatura equalizada, os tecidos linfóides destas áreas reagem ao estímulo agressor aumentando o seu volume, principalmente as Tonsilas palatinas (Amídalas) e as Tonsilas faringeanas (Adenóides) que quase chegam a obliterar estes espaços, provocando as conhecidas Amidalites e Hipertrofia de Adenóides.
Dores Crônicas e tratamento
Sabemos que a dor é multifatorial e quando estamos instáveis emocionalmente ela surge de forma mais intensa. Pacientes com dores crônicas associadas (Cefaléias, Enxaquecas, Fibromialgia), com o tratamento com a técnica do Regulador de Função Aragão (RFA) da Ortomix se beneficiaram com a redução do uso de drogas, melhor aparência facial, tornando-se mais jovens e com melhor auto-estima, melhor simetria corporal e da oxigenação corporal.
A técnica do Regulador de Função Aragão (RFA) quando usada corretamente pelo paciente com dor crônica é eficaz na resolução deste problema.
TIPOS DE RFA: